segunda-feira, 8 de agosto de 2011

serviços não darão alívio para inflação



A ajuda dos alimentos para conter a inflação chegou ao fim. Segundo economistas ouvidos pelo blog, a partir de agosto, o grupo deve deixar para trás a deflação e passar a pressionar o IPCA. Em julho, como mostraram os dados do IBGE divulgados na semana passada, a inflação mensal ficou praticamente estável, apesar de a deflação dos alimentos ter sido mais intensa. No mês passado, a alta do etanol em plena safra pressionou, assim como os serviços.
A inflação de agosto pode ficar em 0,25%, segundo previsão do economista Luis Otávio Leal, do Banco ABC Brasil, ou em 0,35%, de acordo com Laura Haralyi, economista do Itaú Unibanco. Isso significaria uma aceleração em relação ao resultado de julho (0,16%).
- Os alimentos vão deixar de ajudar, o etanol continuará pressionando, e os vilões seguirão sendo os serviços. Em relação aos combustíveis, me preocupo ainda mais com o comportamento dos preços no fim do ano, na entressafra, quando a demanda continuará forte, mas os estoques, não - diz o economista.
Laura acha que o IPCA de agosto começará a registrar um pouco mais de inflação com a inversão de tendência dos alimentos e também do vestuário.
- Serviços devem permanecer pressionados, sem indícios de alívio no curto prazo. A dinâmica da inflação de serviços tradicionalmente demora mais tempo que o restante dos itens do IPCA para reagir à desaceleração da atividade econômica - diz a economista do Itaú Unibanco em relatório enviado ao blog.
Os números da inflação de serviços preocupam os economistas. O acumulado em 12 meses (até julho) está em 8,8%, bem acima dos 6,87% registrados pelo IPCA.
- O grande problema é como resolver a inflação de serviços, que está muito alta. Esse é o desafio. E no ano que vem ainda haverá aumento forte do salário mínimo - lembra Leal.

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