Uma equipe internacional de cientistas liderada pelo biólogo Bernard Crespi descobriu uma espécie de inseto-pau que parece ter se reproduzido sem sexo por 1,5 milhões de anos. Em um artigo recente na revista Current Biology, os pesquisadores dizem que o celibatário Timema tahoe (bicho-pau), que se reproduz por clonagem, levanta questões a respeito de como a espécie escapou da extinção.
Crespi e Tanja Schwander, um pesquisador com pós-doutorado do laboratório Crespi, afirmam que a sobrevivência do tahoe Timema é provavelmente devido a uma combinação de processos genéticos e ecológicos. Os pesquisadores utilizaram uma série de análises genéticas para mostrar que as várias linhagens clonais do bicho-pau, encontrado principalmente nos EUA, têm persistido por mais de um milhão de gerações. Suas descobertas permitiram que pesquisadores tivessem conhecimento das conseqüências de longo prazo da clonagem.
"Como a maioria das espécies se reproduz sexualmente isto é uma grande descoberta em termos de biologia evolutiva, porque, pelo menos teoricamente, parece que a reprodução clonal seria mais eficiente", diz Schwander."Muitos mecanismos genéticos e ecológicos têm sido sugeridos para descobrir as desvantagens da reprodução clonal. Uma expectativa comum desses mecanismos é que as vantagens reprodutivas adquiridas por novas linhagens clonais são rapidamente erodidas ao longo do tempo. "Os pesquisadores estudaram as taxas de mutação de dois genes para determinar a última vez que fez sexo o Timema tahoe.Suas descobertas acrescentam evidências de que a assexualidade nem sempre resulta em rápida extinção de uma linhagem, que é a base de suas pesquisas em curso.
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